A tecnologia veio e nos inundou com suas atividades, e com isso, a transformação da percepção do tempo. Isso mesmo, estimado leitor. A frase que está na boca das pessoas é que seus "dias deveriam ter, pelo menos, 48 horas". Tudo, absolutamente, tudo está mais rápido, a globalização e o sentido de pós verdade nos trouxe essa sensação. Comprou? chega rápido. Pediu um meio de transporte? 5 minutos estará aos seus pés. 
Mas, de fato, queria adoçar a sua boca, leitor. Aliás, lubrificar seus olhos. Albert Eistein, no livro "O cosmo de Eistein", do autor Michio Kaku, vai dizer que " segundos e metros são os mesmos, não importa por onde viajemos no espaço". Logo, o tempo sempre será o mesmo, porém a nossa percepção será diluída com a época que vivemos. Nos dias atuais, devido a rapidez, não olhamos, percebemos e refletimos sobre os fatos, apenas passamos por eles sem dar ou perceber o sentido que o momento nos mostra.
Você, hoje, já pensou na sua morte? Geralmente, uma pequena olhada nos ponteiros dos relógios nos remetem a lembrar sobre o "fim" do tempo, seja ele para fazer ou desfazer qualquer atividade. Mas, é inevitável a chegada do juízo final, todos nos morreremos, e diante disso, a sociedade por apego ou outras fobias, como a tanatologia, medo da morte, não comenta sobre essa pequena expressão tão cabulosa. Meu estimado leitor, a sociedade, de forma geral, corre desse assunto. Mas, estimo que seja diferente, e que devemos falar sobre a morte no nosso dia-a-dia. Esse tão estimado dia, deve ser o grande dia que você falará para si que valeu a pena ter vivido, e assim, aceitar a lei da natureza. Se você vive, não tem medo da morte.
O tempo passou, e a perspectiva sobre as regras permaneceram durante anos. A maçã foi realmente mordida? Muito me incomoda essa relação, pois ficou permanentemente presa ao inconsciente social o medo de ferir regras que não condizem com a realidade. Uma sociedade necessita de regras para sobreviver, se não, voltaremos ao Jus-Naturalismo de Hobbes, ao qual o homem é o lobo do próprio homem. Mas, algumas regras não satisfazem mais, e a maçã, talvez, necessite ser mordida.
"Love's time", diria o autor. Mas, não vim aqui para falar sobre o autor da foto, e sim, sobre o sentimento que nos assombra. O que é o amor? Com o passar do tempo, a sociedade foi adaptando a palavra amor, mas acho que frustrou-se em todos os campos. Se observarmos o Google, a plataforma nos dará uma definição sobre o amor, se perguntarmos as pessoas que nos rondam, dirá sua definição. Mas, de fato, batemos cabeça com toda essa ideia diante desse sentimento. Será mesmo que sabemos a definição de amor, ou sempre nos escondemos de tal fato?
Clarice Lispector com toda a sua sutileza para escever diz que o "AMOR É UMA SOMA DE INCERTEZAS". Acho que ela chegou ao mais próximo. É nítido que a sociedade confundiu o amor com vários outros temas, inclusive com vícios desencadeados de outros tempos. Mas, continuo na saga de perguntar, diariamente, o que é o amor? Ainda não consegui definir.
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